O governo do Irã continua a reprimir as mídias sociais e restringir a liberdade de imprensa, de acordo com um novo relatório das Nações Unidas.

Segundo o relatório, nos últimos três anos o governo iraniano:

  • Fechou o acesso a 7 milhões de endereços da Web, incluindo Facebook, Twitter, Instagram e os sites dos grupos de direitos humanos e oposição política.
  • Introduziu regulamentos que aumentarão as capacidades de vigilância e exigirão que as mídias sociais e as plataformas de mensagens transfiram seus servidores para o Irã ou sejam bloqueadas.
  • Desligou os sites de redes sociais e bloqueou as plataformas de compartilhamento de localização.

Alguns funcionários do Serviço Persa da BBC foram arbitrariamente presos, detidos e ameaçados, de acordo com o relatório da relatora especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos no Irã.

 Close de Asma Jahangir (© Carlos Osorio/Toronto Star/Getty Images)
O relatório da finada Asma Jahangir detalha o ataque do Irã à liberdade de expressão (© Carlos Osorio/Toronto Star/Getty Images)

O Conselho de Direitos Humanos da ONU se reuniu em 12 de março para avaliar o relatório, que foi preparado por Asma Jahangir, advogada proeminente do Paquistão, que atuou como relatora especial até sua morte em fevereiro.

“Os Estados Unidos assinalam com preocupação as graves condições enfrentadas pela imprensa no Irã”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em uma declaração do dia 15 de março.

“Os Estados Unidos lançam um apelo ao regime iraniano para que respeite as obrigações conforme previsto no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos que garante a liberdade de expressão, inclusive para os membros da imprensa”, disse Heather.