Uma inovadora americana está usando a tecnologia a fim de enfrentar desafios ambientais e sociais que afetam o mundo enquanto ainda está no ensino médio.
Aos 15 anos, Gitanjali Rao, de Lone Tree, Colorado, já inventou tecnologias para detectar chumbo na água potável, combater o vício em opiáceos e deter o bullying cibernético, de acordo com reportagens da imprensa.
Ao servir de mentora a outras pessoas, Gitanjali está formando uma comunidade global de inovadores visando enfrentar desafios em todo o mundo, diz a revista Time, que a nomeou sua primeira Criança do Ano* em dezembro.
“Meu objetivo realmente mudou e não é apenas criar meus próprios dispositivos para resolver os problemas do mundo, mas inspirar outros a fazerem o mesmo também”, disse Gitanjali. “Eu realmente espero que o trabalho que todas essas crianças estão fazendo identifique a inovação como uma necessidade e não como algo que represente mais uma escolha.”
Trabalhando por meio de workshops de inovação em escolas rurais, clubes de meninas e museus, Gitanjali já orientou 30 mil estudantes, relata a Time.

Inovadores dos EUA desenvolvem tecnologias que melhoram a vida das pessoas. Em parceria com o Japão e a República da Coreia, o governo dos EUA está promovendo a participação de mulheres nos campos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM), o que aumenta a prosperidade e o crescimento econômico.
Gitanjali disse à revista Time que sempre quis “colocar um sorriso no rosto de alguém”, para fazer alguém feliz todos os dias. Essa ambição a levou a usar a ciência e a tecnologia com o intuito de resolver problemas. Aos 11 anos, ela desenvolveu um dispositivo destinado a detectar chumbo em água potável. A invenção exibe os resultados em um aplicativo de smartphone. O chumbo é prejudicial à saúde e pode entrar na água potável quando os canos corroem, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
Gitanjali também criou um aplicativo para prevenir o bullying cibernético. Ele usa inteligência artificial a fim de identificar palavras problemáticas e dá ao usuário a opção de editar sua mensagem antes de enviá-la.
Atualmente, ela está trabalhando em um novo dispositivo com o intuito de ajudar as pessoas em países em desenvolvimento a detectar facilmente contaminantes biológicos, como parasitas, na água potável.
Gitanjali aconselha outros alunos a escolher um problema que considerem intrigante e devotar energia para resolvê-lo, em vez de enfrentar vários desafios de uma vez.
“Mesmo que seja algo muito pequeno quanto [é este problema], quero encontrar uma maneira fácil de recolher o lixo”, disse Gitanjali à Time, “tudo faz a diferença. Não se sinta pressionado a inventar algo grande”.
* site em inglês