As Olimpíadas têm tudo a ver com esportes e espírito esportivo, é claro. Mas os Jogos Olímpicos Rio 2016 também estão dando destaque para o meio ambiente.
A sustentabilidade está desempenhando um grande papel — da cerimônia de abertura a muito depois de os atletas deixarem os jogos.
Confira estas ideias verdes que merecem medalha de ouro no Rio:
Em meio ao calor, sementes de esperança
A cerimônia de abertura, em 5 de agosto, que atraiu mais de 3 bilhões de telespectadores, dedicou um bloco inteiro às mudanças climáticas.
“O mundo está ameaçado pelo aquecimento global”, disse antes do evento* o cineasta brasileiro Fernando Meirelles, um dos três artistas que supervisionou a parte criativa da cerimônia de abertura. “Estamos pedindo ações.”

Todos os atletas tiveram a oportunidade de plantar mudas nativas do Brasil em contêineres de prata no estádio. Depois da Olimpíada, as sementes serão replantadas na zona Oeste do Rio de Janeiro, onde vão dar origem a uma nova “Floresta dos Atletas”.
Desenhos das medalhas olímpicas
Os medalhistas olímpicos levarão para casa incríveis medalhas sustentáveis. A Casa da Moeda do Brasil desenhou as medalhas de ouro com ouro extraído sem mercúrio químico tóxico. A prata das medalhas é reciclada, com prata pura retirada do dorso de espelhos descartados, soldas e até mesmo do filme de chapas de raios X. A fita é tecida com material de garrafas plásticas recicladas.

Chefs usam sobras para alimentar população carente
Os alimentos não irão para o lixo. Os chefs estrelados David Hertz, do Brasil, e Massimo Bottura, da Itália, se juntaram para criar o RefettoRio Gastromotiva, um restaurante conduzido por voluntários que utilizam alimentos excedentes da Vila Olímpica para servir refeições gratuitas à população carente.
Listos para servir en #RefettorioGastromotiva #Rio2016 #Brasil @javallejo @massimobottura @davidhertz pic.twitter.com/oEc2wxiYzt
— Quintonil (@rest_Quintonil) August 13, 2016
TUÍTE
Quintonil @rest_Quintonil
Prontos para servir no #RefettorioGastromotiva #Rio2016 #Brasil @javallejo @massimobottura @davidhertz
18h08 – 13 de agosto de 2016
Mais de 50 chefs renomados do mundo todo se inscreveram para trabalhar na cozinha durante os Jogos. Depois da Olimpíada, o grupo pretende manter o refeitório aberto, servindo refeições gratuitas todas as noites para a população carente do Rio.
RefettoRio é refeitório em italiano.
Um terço dos alimentos do mundo é perdido ou desperdiçado, segundo as Nações Unidas.
Estádios “nômades”
A “arquitetura nômade” que pode ser desmontada e remontada é o tema da construção olímpica do Brasil. Em vez de construir arenas que poderiam entrar em desuso depois da Olimpíada, os projetistas da Rio 2016 criaram arenas esportivas que vão viajar e se transformar. Os telhados que antes cobriam as quadras de handebol olímpico e goalball paralímpico vão cobrir quatro escolas quando o estádio for desmontado e reconstruído em outro lugar da cidade. Depois de readaptado, o estádio deverá abrigar 2 mil alunos.

* site em inglês