
Autoridades francesas prenderam Félicien Kabuga em 16 de maio. Ele é acusado de ter desempenhado um papel fundamental no genocídio de 1994 em Ruanda.
O Tribunal Penal Internacional de Ruanda indiciou Kabuga por genocídio, crimes contra a humanidade* e outras violações do Direito Internacional Humanitário. Kabuga integrava a lista de procurados* por mais de duas décadas.
Em 1994, milícias hutus apoiadas pelo governo cometeram genocídio contra a minoria étnica tutsi de Ruanda, visando também a minoria twa e os hutus moderados. Pelo menos 800 mil pessoas foram mortas no genocídio e cerca de 95 mil crianças ficaram órfãs.
Kabuga é acusado de ser um financiador central de grupos políticos e milícias responsáveis pelo genocídio, fornecendo financiamento, armas e transporte, segundo o Departamento de Estado*. Ele também fundou a Radio Télévision Libre des Mille Collines, que transmitia discursos de ódio e incitava o genocídio.
The arrest of Félicien Kabuga for his role in the 1994 genocide in Rwanda is a milestone for international justice. It is also a message to all those indicted for genocide: such crimes are not tolerated and you will face justice. https://t.co/N3kDcCthsQ
— Morgan Ortagus (@statedeptspox) May 18, 2020
Tuíte:
Porta-voz do Depto. de Estado Morgan Ortagus: A prisão de Félicien Kabuga pelo papel que desempenhou no genocídio de 1994 em Ruanda é um marco para a justiça internacional. É também uma mensagem para todos os indiciados por genocídio: esses crimes não são tolerados e vocês enfrentarão a justiça. https://go.usa.gov/xvzsn @statedeptspox
Os Estados Unidos estão comprometidos em responsabilizar os autores de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
Por meio do Programa de Recompensa a Delatores de Crimes de Guerra*, os Estados Unidos oferecem até US$ 5 milhões por informações que levem à prisão dos responsáveis por esses crimes, para que possam ser levados à justiça.
“Enaltecemos os agentes da lei de todo o mundo que contribuíram para a prisão”, afirmou o Departamento de Estado dos EUA em comunicado. “Este é um marco para a justiça internacional e uma mensagem para todos os fugitivos indiciados por genocídio de que serão levados à justiça.”
* site em inglês