Aeronave em pista de voo (© Eva Marie Uzcategui/Getty Images)
Aeronave russa no aeroporto Simón Bolívar, em Caracas, no dia 29 de março (© Eva Marie Uzcategui/Getty Images)

À medida que o presidente interino, Juan Guaidó, trabalha para restaurar a democracia e a prosperidade à Venezuela, a Rússia continua a apoiar Nicolás Maduro e seus comparsas.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, citou empréstimos e investimentos da Rússia que ampararam o regime ilegítimo de Maduro em detrimento da economia venezuelana.

O governo russo emprestou a Maduro US$ 3 bilhões em 2017, segundo o Conselho de Relações Exteriores*. A empresa de petróleo estatal russa Rosneft também emprestou ao regime US$ 2,5 bilhões em troca de petróleo venezuelano. E a Rússia continua a fornecer a Maduro equipamentos militares e sistemas de armas. Em março de 2019, por exemplo, Moscou transportou 100 militares e equipamentos para Caracas sob o pretexto de ajuda humanitária.

“Não devemos defender a Rússia que está agravando uma situação já muito precária naquele país”, disse Pompeo durante sua visita em abril a Chile, Paraguai, Peru e Colômbia. “A Rússia interveio”, disse ele. “Eles não têm o consentimento do povo venezuelano para estar lá. Estão lá como uma potência hostil.”

Crise de refugiados é um ‘resultado direto’ da interferência russa

Mulher sentada em leito de hospital segurando um bebê (© Matias Delacroix/AFP/Getty)
Uma mãe espera atendimento médico com sua filha recém-nascida em um hospital da Cruz Vermelha em Caracas em abril (© Matias Delacroix/AFP/Getty)

“Cem por cento do desafio dos refugiados enfrentado por Peru e Colômbia é resultado direto dos russos, dos cubanos e de Nicolás Maduro”, disse Pompeo.

A Venezuela sofre com inflação desenfreada e escassez de alimentos e medicamentos. Noventa por cento da sua população hoje vive na pobreza. Mais de 850 presos políticos definham na prisão, enquanto 3,7 milhões de pessoas fugiram do país. Milhares mais fogem a cada semana.

Cinquenta e quatro nações reconhecem Guaidó como presidente interino conforme previsto na Constituição da Venezuela. Líderes de todo o mundo enfatizaram a necessidade de apoiar a Assembleia Nacional da Venezuela, eleita democraticamente.

“O povo da Venezuela quer sua própria segurança. Quer sua própria democracia”, disse Pompeo. “Ele quer que os venezuelanos liderem sua nação, não o povo da Rússia.”

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