O regime ilegítimo de Nicolás Maduro na Venezuela recorre à Cuba comunista, seu vizinho no Caribe, a fim de obter apoio a suas táticas de força contra dissidentes e presos políticos.
Agora existe a preocupação de que as forças de segurança e os agentes de inteligência de Cuba baseados na Venezuela vêm, de fato, aconselhando a polícia secreta venezuelana sobre técnicas para torturar presos políticos.
Durante discurso proferido em dezembro em uma conferência sobre violações de direitos humanos em Cuba, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro*, declarou:
“Estima-se que haja cerca de 46 mil cubanos na Venezuela, uma força de ocupação que ensina como torturar e reprimir, que realiza serviços de inteligência, identificação civil e migração.”
A OEA, como os Estados Unidos e dezenas de outros países, denunciou o regime de Maduro como ilegítimo.
Almagro condenou o “efeito tóxico que Cuba exerce sobre o resto da região e a maneira pela qual priva seu povo de suas liberdades. (…) É hora de acabar com a impunidade desfrutada pela ditadura cubana”.
Kimberly Breier, secretária de Estado adjunta dos EUA para Assuntos do Continente Americano, perguntou em uma mídia social em 1º de fevereiro*: “Quantos dos 939 presos políticos da Venezuela Maduro e seus comparsas torturaram graças à tutela do Serviço de Inteligência Bolivariana (Sebin) e da Força de Ações Especiais da Polícia Nacional (Faes) de Cuba? Todos esses presos políticos devem voltar para casa agora.”
O Sebin é a polícia secreta de Maduro. A Faes é a força especial que, supostamente, Maduro teria usado em incursões em bairros onde os moradores se voltaram contra o regime.
Kimberly citou estatísticas do Foro Penal, organização venezuelana de direitos humanos, de que há 939 presos políticos na Venezuela e que 43 pessoas foram mortas durante os protestos de 21 a 27 de janeiro.
* site em inglês