Embora não exista uma cura conhecida para o ebola, cientistas e empresas farmacêuticas do mundo todo estão trabalhando para desenvolver uma vacina contra o vírus.
Duas vacinas em potencial em desenvolvimento na empresa farmacêutica GlaxoSmithKline e na Agência de Saúde Pública do Canadá já estão em fase de testes clínicos nos EUA, na Europa e em alguns países na África. A Organização Mundial da Saúde afirma que testes clínicos em seres humanos poderão acontecer na África Ocidental por volta de janeiro de 2015.
Neste momento, médicos cuidam de pacientes contaminados com o ebola, mantendo-os hidratados, estabilizando a pressão sanguínea desses pacientes, tratando de infecções à medida que ocorrem e fazendo transfusão de sangue. Mas uma vacina poderia ajudar a pôr fim a esse surto e evitar que surjam outros no futuro. Quais desafios devem ser superados?
-
Testes clínicos geralmente levam anos. Devido à extrema necessidade de uma vacina contra o ebola, e em virtude de os testes iniciais não revelarem nenhum efeito prejudicial em seres humanos, os cientistas estão aperfeiçoando os seus testes. Haverá três fases com tamanhos de amostras sucessivamente maiores, mas a Organização Mundial da Saúde começará as fases de testes secundárias e terciárias imediatamente após a fase primária, sem esperar pelos resultados preliminares. Se os testes continuarem a transcorrer bem, as empresas farmacêuticas terão como objetivo disponibilizar milhões de doses até o início de 2015.
-
É justo aplicar um placebo em algumas possíveis vítimas do ebola? Quando os testes começarem na África Ocidental, algumas pessoas receberão um placebo, muito embora todas estejam em situação de risco. Isso ocorre porque a maneira mais confiável para julgar a eficácia da vacina é através de um teste clínico aleatório, através do qual um grupo de controle recebe um placebo e um grupo experimental recebe a vacina. Alguns especialistas em saúde recomendam um método alternativo, no qual as pessoas são vacinadas sequencialmente e cada participante, ao final das contas, recebe uma dose da vacina.
-
Como é que as doses podem ser distribuídas em regiões em que não existe eletricidade suficiente para refrigerar a vacina? Em alguns países africanos, torres móveis têm sido usadas para distribuir eletricidade a fim de manter as vacinas refrigeradas. Os especialistas estão explorando essa e outras soluções.
Embora os desafios sejam reais, pesquisadores, autoridades de saúde e fabricantes de vacinas estão determinados a superar todos eles. Informe-se sobre os fatos relativos ao ebola e coloque-os em prática.
