A Constituição da Venezuela reconhece suas populações indígenas, mas seus direitos são atropelados pelo ilegítimo regime de Maduro.
Concomitantemente, a Assembleia Nacional, sob a direção do legítimo presidente interino, Juan Guaidó, está trabalhando para garantir que os povos indígenas façam parte do processo democrático.
Os povos indígenas representam 2,8% da população da Venezuela. O governo reconhece oficialmente mais de 51 grupos diferentes.
Muitos vivem no Arco de Mineração do Orinoco ou perto do local. São 112 quilômetros quadrados de terra no cinturão da região central da Venezuela, naturalmente rico em ouro, diamantes, coltan e bauxita.
A terra também é ocupada por grupos colombianos armados e outros a serviço do regime de Maduro, que é quem busca lucrar com a venda dos minerais extraídos.
We mourn the 5 indigenous victims in the Ikabarú parish in Venezuela, who are the latest of dozens killed by criminal gangs who exploit the mining sector to empower Maduro. Make no mistake – this is a murderous, criminal regime.
— Michael G. Kozak (@WHAAsstSecty) November 24, 2019
Tuíte:
Michael G. Kozak, secretário de Estado adjunto em exercício para Assuntos do Hemisfério Ocidental: Lamentamos a morte de cinco vítimas indígenas da paróquia de Ikabarú, na Venezuela, que são as últimas dezenas de pessoas mortas por gangues criminosas que exploram o setor de mineração a fim de empoderar Maduro. Não se enganem — esse é um regime criminoso e assassino. @WHAAsstSecty
Grupos indígenas que moram perto dos locais de mineração são forçados a trabalhar contra a sua vontade como mineradores. Mesmo aqueles que não são obrigados a trabalhar como mineradores estão expostos a níveis perigosos de mercúrio em seu suprimento de água, de acordo com um relatório recente divulgado pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
Empresas de mineração tem se apropriado ilegalmente de terras indígenas para expandir o Arco de Mineração, deslocando, desse modo, os povos indígenas.
E traficantes de pessoas atacam comunidades de mineração, principalmente perseguindo mulheres e meninas indígenas, de acordo com o Relatório sobre o Tráfico de Pessoas 2020 do Departamento de Estado dos EUA.
“Precisamos proteger [a] população indígena. [O ouro do regime] é ouro manchado de sangue”, disse Guaidó, em janeiro, na reunião anual do Fórum Econômico Mundial na Suíça.
Além do abuso a que submete as comunidades mineradoras, o regime de Maduro continua tentando reprimir os direitos democráticos das comunidades indígenas. O Conselho Eleitoral Nacional, controlado por Maduro, alterou recentemente os direitos ao voto consagrados constitucionalmente aos venezuelanos indígenas, tornando mais difícil a participação dessas comunidades na sua democracia.
A Assembleia Nacional rapidamente condenou essas ações, assim como o Parlamento da Amazônia.
Ambas as partes instaram os venezuelanos indígenas a “declarar desobediência civil diante desse abuso contra seus direitos civis e políticos”.