Os avanços da China em termos de redes sem fio 5G, sistemas de reconhecimento facial e outras tecnologias representam uma ameaça à Otan e à segurança mundial, alertou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, em 14 de novembro.
Tecnologias avançadas vêm de países que estão fora da aliança da Otan, principalmente da China, disse Stoltenberg em discurso no Fórum da Indústria, realizado pela Otan, em Washington. Ele destacou que a China é capaz de reunir grandes quantidades de dados usando o reconhecimento facial e outras tecnologias “não somente da China, mas de outras partes do mundo, incluindo países aliados da Otan”.
“A tecnologia está mudando [não somente] a guerra, mas também nossas sociedades”, disse Stoltenberg, se referindo a recentes desenvolvimentos em relação à tecnologia 5G como um exemplo. “A ‘Internet das Coisas’, conectando o mundo físico à internet, depende da 5G”, disse ele. “Ela proporciona tremendas oportunidades. Mas também pode nos deixar vulneráveis. É por isso que garantir a segurança da nossa infraestrutura 5G é tão crucial”, afirmou.
No mês passado, na reunião dos ministros da Defesa da Otan, membros concordaram em atualizar os requisitos básicos para a telecomunicação civil, incluindo a tecnologia 5G.
Stoltenberg também disse que aliados terão de levar em consideração as consequências da propriedade, do controle e do investimento direto estrangeiros.
“Grande parte do nosso sucesso se baseia em ter uma vantagem tecnológica sobre nossos possíveis adversários”, disse Stoltenberg. “A Otan continua sendo vital para fornecer segurança transatlântica.”
Durante discurso em novembro, Michael Kratsios, diretor de Tecnologia dos EUA, afirmou que países ao redor do mundo precisam se reunir a fim de garantir que tecnologias emergentes como a 5G seja desenvolvida de modo que promova confiança pública, proteja a liberdade civil e respeite a privacidade e a dignidade de cada pessoa.
