Quando os times Kansas City Chiefs e Tampa Bay Buccaneers entrarem em campo para o jogo do campeonato de futebol americano do Super Bowl em 7 de fevereiro, milhares de profissionais de saúde estarão assistindo das arquibancadas. Quanto será cobrado pelo bilhete de entrada para esses trabalhadores que têm colocado sua própria saúde em risco para cuidar de pacientes desde o ano passado? Nada. A entrada será gratuita.
A Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) convidou 7.500 profissionais de saúde que receberam a vacina contra a Covid-19 para assistir ao Super Bowl LV no Estádio Raymond James, sede do Tampa Bay Buccaneers em Tampa, Flórida.
Roger Goodell, comissário da NFL, diz que é o mínimo que a organização pode fazer.
“Devemos a eles nossa constante gratidão”, disse Goodell em um comunicado*. “Esperamos um pouco que esta iniciativa inspire nosso país e reconheça esses verdadeiros heróis americanos. Esta também é uma oportunidade para promover a importância da vacinação e de práticas de saúde adequadas, incluindo o uso de máscaras em ambientes públicos.”
Os profissionais da saúde se juntarão a 14.500 torcedores que estarão cumprindo o distanciamento social no enorme estádio. (Os dois grupos juntos preencherão um terço do estádio, com o restante vazio como medida de segurança devido à pandemia.)
Espera-se que cerca de 187 milhões de espectadores assistam ao jogo pela televisão. O futebol americano é o esporte mais popular nos EUA, mas não é a única razão pela qual os americanos amam o Super Bowl de domingo. Aqui estão mais três explicações:
Dia de servir e comer petiscos
O Super Bowl LV começa às 18h30 — horário da Costa Leste dos Estados Unidos, mas este ano, por causa da pandemia, as reuniões serão reduzidas, com apenas 28% dos americanos dizendo que vão fazer uma festa por ocasião do Super Bowl ou comparecer a uma, de acordo com o Federação Nacional do Varejo*, o índice mais baixo desde o início da pesquisa.
Mesmo que a maioria dos espectadores planeje assistir ao jogo apenas com membros de suas famílias, eles planejam servir e comer petiscos. Os mais típicos em um dia de jogo incluem nachos, pizza, asas de frango, batatas fritas e molhos, e qualquer comida que possa ser feita no formato de uma bola de futebol americano, incluindo ovos cozidos. Alimentos e bebidas, segundo a pesquisa, são os itens mais populares comprados nesse dia.
Show do intervalo
Nos últimos 30 anos, o show do intervalo do Super Bowl já atraiu alguns dos maiores nomes da música, incluindo Beyoncé, Prince, Rolling Stones, Bruce Springsteen, Michael Jackson e Bruno Mars.
Este ano, The Weeknd, cantor canadense ganhador do Grammy e cujo nome verdadeiro é Abel Tesfaye, se apresentará enquanto os dois times fazem uma pausa no meio do jogo. (Os jogos de futebol americano consistem em quatro quartos, cada um com duração de 15 minutos.)
Quando Paul McCartney foi o artista do intervalo em 2005, ele disse: “Não há nada maior do que ser convidado a se apresentar no Super Bowl”.
Comerciais icônicos
Os comerciais de TV exibidos durante o Super Bowl se tornaram quase tão atraentes quanto o próprio jogo — 22% dos espectadores disseram que os anúncios são a parte mais importante do evento.
Os anúncios costumam ser inteligentes e engraçados, mas não são baratos. Um comercial de 30 segundos custa US$ 5,5 milhões. (Em contrapartida, os comerciais do primeiro Super Bowl em 1967 custaram US$ 42 mil*.) Este ano, várias grandes empresas americanas optaram por não exibir comerciais durante o jogo*, apontando para a incerteza financeira em torno da pandemia.
* site em inglês
