
Com sua rica história cultural que remonta ao tempo dos faraós, o Egito tem sido um alvo convidativo para saqueadores. Porém, graças a um acordo inovador, algumas antiguidades roubadas estão sendo devolvidas.
Em 1o de dezembro, um acervo de tesouros roubados — artefatos inestimáveis que haviam sido saqueados de tumbas reais para serem vendidos no mercado negro — começou a viagem de volta para o Egito. Os tesouros foram entregues a autoridades egípcias durante uma cerimônia realizada em Washington, um dia depois da assinatura de um acordo de bens culturais entre os EUA e o Egito no Departamento de Estado dos EUA.

Conhecido como um Memorando de Entendimento (MdE), o acordo é o primeiro dessa natureza entre os EUA e uma nação árabe, sinalizando a estreita cooperação entre os EUA e o Egito no que se refere à apreensão e repatriação dos bens culturais ilegalmente exportados do Egito.
Atualmente, os EUA têm MdEs com 16 países visando restringir a importação para os EUA de seus bens culturais roubados. As autoridades esperam que, posteriormente, acordos semelhantes com outras nações árabes sejam selados.

O sarcófago de madeira de uma criança, um painel de sarcófago de madeira esculpida; uma mortalha de linho pintada de uma múmia, uma máscara dourada de múmia e uma mão de múmia, todos datando do 7o século a.E.C., estão sendo devolvidos ao Egito.
Os artefatos foram recuperados graças a duas investigações: a Operação Maldição da Múmia, conduzida pelos agentes da Polícia de Investigação e Alfândega dos EUA em Nova York, e a Operação Mão de Múmia, conduzida pelos agentes do grupo em Los Angeles.
Conforme previsto na legislação aduaneira dos EUA, os agentes têm autoridade para apreender bens culturais roubados que tenham sido trazidos ilegalmente para os Estados Unidos. Durante o ano de 2016, a Polícia de Investigação e Alfândega devolveu centenas de objetos a seus países de origem.

Yasser Reda, embaixador do Egito nos EUA, emitiu uma declaração elogiando os agentes que recuperaram os tesouros de seu país. “O trabalho incansável desses homens e mulheres pode muitas vezes passar despercebido”, Reda afirmou. “Mas é nada menos do que vital para a preservação de culturas antigas de todo o mundo.”