Ter uma equipe global de “detetives de doenças” que identificam surtos de doenças infecciosas precocemente é fundamental para um mundo saudável, disse o secretário de Estado, Rex Tillerson.
Detetives de doenças que receberam capacitação nos Estados Unidos investigaram mais de 650 surtos de doenças infecciosas nos últimos quatro anos, ajudando a evitar que doenças perigosas se disseminassem, disse o secretário em outubro na reunião anual “Grandes Desafios” da Fundação Bill e Melinda Gates em Washington.
Por exemplo, quando a República Democrática do Congo (RDC) identificou um conjunto de casos suspeitos de ebola em maio, detetives de doenças foram enviados para rastrear a doença e fornecer suporte técnico. “Sua ação rápida e coordenada conteve o surto potencialmente devastador para apenas oito casos de ebola, apenas quatro mortes e sem que a doença se disseminasse para fora da RDC”, disse o secretário.
Esse tipo de trabalho em equipe de âmbito mundial é fundamental para a Agenda Global de Segurança da Saúde e é por isso que os EUA apoiam a extensão da agenda até 2024, disse Tillerson. A agenda foi lançada em 2014 pouco antes dos casos de ebola serem identificados na África. Ela busca criar um sistema mundial a fim de prevenir, detectar e responder a doenças infecciosas.

Desde 2014, os EUA têm apoiado a Agenda Global de Segurança da Saúde com mais de US$ 1 bilhão em 17 países em risco. Parte desse dinheiro ajudou a capacitar 370 detetives de doenças em todo o mundo. Os programas se baseiam no modelo do Serviço de Inteligência Epidemiológica dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. As habilidades dos detetives impediram outros surtos de imediato.
O legado do surto de ebola ocorrido em 2014 e 2015, que matou milhares de pessoas na África Ocidental e provocou o temor de haver uma pandemia mundial, ilustra como segurança de saúde é sinônimo de segurança nacional, disse Tillerson
Enfrentando os desafios de saúde
Tillerson disse que a abordagem dos EUA em relação aos desafios globais de saúde reflete a abordagem geral dos EUA em relação ao desenvolvimento. “Não pode haver medida de sucesso maior do que testemunhar um país capaz de caminhar com as próprias pernas”, disse o secretário de Estado. “Nosso objetivo para a assistência ao desenvolvimento proporcionada pelos EUA é que isso sirva como uma ponte para o dia em que os beneficiários possam crescer economicamente e alcançar uma prosperidade sustentável para si mesmos.”
Os comentários do secretário refletiram os que o presidente Trump teceu durante uma reunião em setembro com líderes africanos nas Nações Unidas. “Não podemos ter prosperidade se não estivermos saudáveis”, disse Trump.
Os Estados Unidos continuarão a investir no desenvolvimento da segurança de saúde. “Quero enfatizar que a generosidade se encontra no âmago de quem somos enquanto americanos”, disse Tillerson. Em tempos de crise humanitária, os Estados Unidos fornecem assistência vital. “E continuaremos a assumir essa responsabilidade.”