Há vinte anos, “os terroristas achavam que poderiam desmoralizar e destruir os povos queniano e americano”, atacando a embaixada dos EUA em Nairóbi. É claro, estavam errados”, disse o secretário de Estado, Rex Tillerson, no dia 11 de março, enquanto depositava uma coroa de flores em homenagem às vítimas, tanto quenianas como americanas, daquele ataque terrorista de 1998.
O ataque de Nairóbi foi coordenado com um ataque terrorista contra a embaixada dos EUA em Dar es Salaam, na Tanzânia, no mesmo dia.
O secretário fez seus comentários enquanto visitava o Quênia na terceira etapa de sua viagem de 6 a 13 de março à África.
À medida que quenianos e americanos unem forças para acabar com o terrorismo, sabemos que “aqueles que procuraram nos dividir aqui falharam”, acrescentou Tillerson. “Nosso compromisso de trabalhar juntos como americanos e quenianos é firme e duradouro. E vamos dar continuidade aos valores compartilhados e ao nosso futuro compartilhado.”

Em suas conversas com o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, um dia antes, Tillerson expressou preocupações dos EUA com a recente paralização das emissoras de TV do Quênia e as ameaças à independência dos tribunais. “Uma mídia livre e independente é essencial para salvaguardar a democracia e a garantir a confiança dos quenianos em seu governo”, disse ele.
Tillerson também afirmou que recebeu um anúncio conjunto do presidente Kenyatta e do líder da oposição, Raila Odinga, como um passo positivo para curar as divisões étnicas e religiosas do país. Kenyatta e Odinga se reuniram em 9 de março pela primeira vez desde as eleições presidenciais do terceiro trimestre do ano passado.
“Os Estados Unidos esperam expandir nossa relação abrangente com o Quênia”, disse o secretário em uma reunião de 9 de março com a ministra das Relações Exteriores do Quênia, Monica Juma. “Nosso compromisso não é com um só partido, mas com todo o povo queniano.”
Em suas conversas com os líderes do Quênia, Tillerson disse que também discutiu a luta contra o terrorismo — particularmente o objetivo compartilhado de derrotar o grupo extremista Al Shabaab na Somália, onde as forças de paz quenianas estão estacionadas — e concordaram em identificar oportunidades para expandir laços comerciais entre os EUA e o Quênia.
Tillerson visitou Etiópia e Djibuti antes de chegar ao Quênia. Ele então voou para o Chade, antes de prosseguir para a Nigéria como a última parada em sua visita a cinco países.