Latas de óleo vegetal exibindo 'Usaid' no rótulo em primeiro plano, com pilhas de alimentos e filas de pessoas atrás (© James Akena/Reuters)
Os Estados Unidos, por meio do Programa Mundial de Alimentação (PMA), estão apoiando refugiados em Uganda. Acima, refugiados do Sudão do Sul esperam comida do PMA no norte de Uganda em outubro de 2017 (© James Akena/Reuters)

Uganda recebe mais de 1,5 milhão de refugiados e requerentes de asilo que fugiram de situações de conflito e instabilidade em países vizinhos. Mais de 71 mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC) e do Sudão do Sul chegaram ao país desde janeiro, sofrendo de fome e desnutrição.

Os Estados Unidos estão trabalhando com o Programa Mundial de Alimentação (PMA) a fim de alimentar refugiados em Uganda como parte de esforços de grande alcance visando enfrentar uma crise global de alimentos desencadeada pela seca, pela pandemia da Covid-19 e por conflitos.

Em 15 de julho, os Estados Unidos anunciaram mais de US$ 592 milhões em assistência humanitária* para a África, inclusive US$ 21 milhões em ajuda alimentar de emergência para Uganda através do PMA.

“As necessidades estão crescendo e o PMA está alcançando mais de 217 mil pessoas com suplementos alimentares e nutricionais nas próximas semanas”, disse Abdirahman Meygag, diretor nacional do PMA em Uganda, em um tuíte de 25 de julho. Ele agradeceu à Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), bem como à União Europeia e ao Japão, por apoiarem o esforço.

Outro tuíte do PMA mostra dezenas de sacos de milho de 50 kg a caminho da região de Karamoja, em Uganda, onde mais de 500 mil pessoas passam fome, e mais da metade de todas as crianças estão gravemente desnutridas.

Tuíte:
Abdirahman Meygag (@meygag61)
Em #Karamoja, Uganda, o PMA [Programa Mundial de Alimentação/
@WFP ] está ampliando rapidamente as operações em seis de nove distritos. As necessidades estão crescendo e o PMA está alcançando mais de 217 mil pessoas com suplementos alimentares e nutricionais nas próximas semanas. Isso só é possível graças a @UNCERF @EUinUG @JapanEmb_Uganda @UsaidSavesLives

O financiamento dos EUA para o PMA* vai:

  • Adquira 1.508 toneladas de alimentos, incluindo cereais e óleo vegetal, para cerca de 83.845 pessoas.
  • Continue a alimentar 1,4 milhão de refugiados em 13 assentamentos.
  • Forneça refeições quentes para outros milhares de refugiados e requerentes de asilo que devem chegar a Uganda em 2022.

O financiamento dos EUA recentemente anunciado também apoiará respostas humanitárias a crises no Chifre da África, no Sahel e em outros lugares, permitindo que os parceiros ajudem mais de 7 milhões de refugiados na África e mais de 25 milhões de pessoas deslocadas internamente.

Em junho, durante a conferência Unindo pela Segurança Alimentar Global, ocorrida em Berlim, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, exortou os países a intensificarem os esforços visando proteger a segurança alimentar mundial.

Estima-se que 193 milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2021, de acordo com as Nações Unidas. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, outras 40 milhões de pessoas em todo o mundo podem ser conduzidas a uma situação de grave insegurança alimentar e pobreza, afirma o Banco Mundial.

A Rússia tem destruído propriedades rurais ucranianas, roubado grãos e impedido o transporte através do Mar Negro, isolando um dos maiores produtores mundiais de trigo e milho, e o maior exportador mundial de óleo de semente de girassol.

Homem carregando um saco de alimentos (© James Akena/Reuters)
Refugiados do Sudão do Sul descarregam alimentos de caminhões do Programa Mundial de Alimentação no campo de assentamento de Palorinya para distribuição no distrito de Moyo, em Uganda, em outubro de 2017 (© James Akena/Reuters)

Refugiados e requerentes de asilo são particularmente vulneráveis à insegurança alimentar que atinge a África, especialmente em países que dependem fortemente de importações russas ou ucranianas, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.

“Os Estados Unidos estão comprometidos em contribuir para acabar com a fome e a desnutrição e criar sistemas alimentares mais sustentáveis, equitativos e resilientes em todo o mundo”, declarou recentemente Natalie Brown, embaixadora dos EUA em Uganda.

* site em inglês