Qual o maior desafio para isolar e tratar as pessoas infectadas com o vírus do ebola até o final do ano? Rastrear essas pessoas, afirma Bruce Aylward, especialista em emergências da Organização Mundial da Saúde. É aí que o trabalho de detetive entra em ação.

Profissionais de saúde identificam casos de ebola e avaliam a ameaça que representam ao público em geral através do rastreamento de contato.

  • Eles entrevistam os pacientes infectados e identificam a exposição ao vírus que tiveram como alta, baixa ou intermediária. Em seguida, criam uma lista de pessoas com quem o paciente entrou em contato.

  • Eles monitoram esses contatos em busca de sinais da doença por 21 dias (período de incubação do ebola) desde a última vez em que o paciente foi exposto ao vírus.

  • Se um contato desenvolve os sintomas, os profissionais de saúde imediatamente isolam, testam e administram os cuidados médicos apropriados.

  • Em seguida, o ciclo se reinicia: todos os contatos do novo paciente são identificados e monitorados por 21 dias.

Ao identificar e isolar os novos casos de ebola rapidamente, o rastreamento de contatos impede a disseminação do vírus. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CCPD) advertem que “mesmo um contato que falhou em ser identificado pode acarretar a futura disseminação do surto”.

Os EUA capacitam repórteres internacionais (vídeo em inglês) acerca de como fazer a cobertura do ebola e realizam workshops para que fiquem de prontidão em países que representam um alto risco. Os workshops incluem capacitação em rastreamento adequado de contatos.