A Semana Internacional da Educação celebra os alunos que frequentam a faculdade fora de seus países de origem e, neste processo, ajudam a construir um mundo mais democrático, seguro e próspero. Esta semana, ShareAmerica analisa as oportunidades disponíveis para estudantes internacionais nos EUA.
Quando Steven Rivadeneira, de 19 anos, anunciou que iria frequentar uma faculdade comunitária de dois anos em Miami, em vez de uma universidade, seus pais ficaram céticos. O filho deles tinha uma coleção de notas “As” em Física, depois de se apaixonar pela matéria durante o ensino médio. Por que ele não deveria frequentar uma faculdade de elite de Engenharia de quatro anos?
Mas as médias gerais de Rivadeneira simplesmente não foram boas o suficiente. A Miami Dade, faculdade comunitária de dois anos, embora não constasse na lista de seus pais, ofereceu uma bolsa de estudos e uma vaga em seu programa de honras. Rivadeneira viu uma oportunidade na oferta e garantiu a seus pais que, posteriormente, ele poderia se transferir de lá para uma das principais universidades.
“Eu vi isso como uma grande chance de me candidatar para minha instituição educacional dos sonhos, que era o Instituto de Tecnologia de Massachusetts [MIT]”, disse Rivadeneira.
Na verdade, o peruano-americano começou a frequentar as aulas no MIT dois anos depois como terceiranista, com bolsas de estudo que cobrem quase todos os US$ 59 mil por ano em taxas de matrícula, alojamento e alimentação. O engenheiro aeronáutico aspirante, nascido em Lima, no Peru, se mudou para os EUA aos seis anos de idade. Seus familiares no Peru, que nunca tinham ouvido falar de faculdades comunitárias, agora “estão em êxtase”, disse ele.
Miami Dade está entre as maiores e melhores 1.100 faculdades comunitárias, uma invenção exclusivamente americana. Miami Dade possui 50 mil alunos hispano-americanos matriculados. A Faculdade Comunitária de Houston, no Texas, e a Faculdade de Santa Monica, na Califórnia são os melhores destinos para estudantes internacionais, com grandes representações do México, do Brasil, da Venezuela e da Colômbia.

No geral, 8 milhões de estudantes – 45% dos estudantes universitários americanos – incluindo 88 mil estudantes internacionais, frequentam essas faculdades de dois anos, que não necessitam de exames de admissão ou notas altas para ingressar e que concedem aos formandos um diploma de associado. Elas oferecem uma variedade de aulas acadêmicas e de capacitação profissional, bem como cursos intensivos de inglês e de recuperação intensiva para os alunos despreparados para o trabalho de nível universitário. As faculdades comunitárias compartilham uma cultura semelhante aos seus homólogos de quatro anos.
E eles cobram menos do que faculdades públicas de quatro anos: US$ 3.130,00, em média, de taxas de matrículas e outras por ano letivo em comparação com US$ 8.660,00. (Estudantes de outros estados americanos e estudantes internacionais pagam uma taxa de matrícula duas a três vezes maior.)
Isso é uma pechincha, especialmente se os alunos conseguem transferir para uma universidade que faz uma contagem créditos das faculdades comunitárias como suas próprias.
Eva Loredo, administradora de fundos da Faculdade Comunitária de Houston, disse que as faculdades de dois anos oferecem uma recepção aos alunos incomparável à de um campus de quatro anos: “Temos aulas particulares, temos grupos de apoio e classes menores, oferecemos Inglês como Segunda Língua.”
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Esta é uma adaptação de um artigo do escritor autônomo Christopher Connell.