Três razões por que os EUA não restringiram voos comerciais partindo e chegando da África Ocidental

Aviões esperam para decolar no aeroporto LaGuardia em Nova York (AP Images)

Apesar do pior surto de ebola de todos os tempos na África Ocidental e a morte de um paciente vítima de ebola nos Estados Unidos, autoridades americanas continuam a permitir a saída e a entrada de voos comerciais da Libéria, Guiné e Serra Leoa. Eis três razões: 1. Conforme informado por um tuíte enviado pela Organização Mundial da Saúde, as restrições de viagem dificultariam a entrada de funcionários socorristas na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

OMS decepcionada com restrições de voo para a África Ocidental. Difícil salvar vidas se nós & outros socorristas não podemos entrar. #Ebola
Tweet from World Health Organization
A chance de embarcar uma pessoa infectada com #ebola em um voo é pequena.

2. Aviões são seguros. “Com exceção de infecções como a influenza ou tuberculose, o ebola não é transmitido pelo ar”, afirmou a médica Isabelle Nuttall, diretora do Departamento de Capacidades Globais para Alerta e Resposta, em um comunicado de imprensa. O vírus “só pode ser transmitido através de contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada com a doença”.

3.   Isolar um país afetado não é uma medida inteligente. “Quando você veda aviões completamente e não permite a entrada ou a saída deles nos países da África Ocidental envolvidos, então você poderia paradoxalmente piorar muito as coisas”, afirmou o médico Anthony Fauci, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde. “Não vamos chegar a risco zero não importa o que fizermos a não ser que e até que controlemos o surto na África Ocidental.”

Tweet from CDC Director Tom Frieden
Isolar países dificultará a resposta ao #ebola e gerará maior emergência humanitária/médica. fxn.ws/1nfBk5n @fxnopinion

Em vez de suspender os voos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CCPD) e o Departamento de Segurança Interna farão uma triagem nos principais aeroportos para identificar passageiros com febre. O diretor dos CCPD, Tom Frieden, reforça uma percepção-chave:  “Mesmo se tentássemos fechar as fronteiras (…) isso teria um efeito contrário, e tornaria difícil ajudá-los”.

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