No maior exercício militar do gênero desde o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos estão liderando aliados e parceiros da Otan em um teste de prontidão operacional.
O exercício militar Trident Juncture (Junção Tridente, em tradução livre) começou em 25 de outubro e termina em 7 de novembro nos seguintes países: Noruega, Islândia, Finlândia e Suécia. O exercício internacional inclui 65 navios, 250 aeronaves, 10 mil veículos e 50 mil pessoas, e faz parte de um programa regular de exercícios multinacionais que testam a capacidade da Otan de operar em diferentes situações e ambientes.
Esse exercício “terá um efeito dissuasivo sobre quem quer que pense em atravessar uma fronteira contígua ou violar a soberania de um membro da aliança da Otan”, disse o almirante americano James Foggo, que está comandando a Trident Juncture. Todos os 29 membros da Otan participam do exercício, do qual também fazem parte a Suécia e a Finlândia.
Otan
Ao longo dos anos, a Otan — uma aliança defensiva formada em 1949 para enfrentar a ameaça de uma União Soviética hostil — tem se adaptado e se expandido, mas a aliança continua a ser uma pedra angular da segurança americana.
A premissa central da aliança da Otan, consagrada no artigo 5º do Tratado de Washington, determina que um ataque a qualquer membro é considerado um ataque contra todos. Os Estados Unidos são o maior contribuinte para as forças da Otan. Visando melhorar a prontidão e a capacidade da Otan, os 29 países parceiros se comprometeram a gastar pelo menos 2% do PIB em defesa e 20% de seus gastos gerais em modernização até 2024.

Mais de 14 mil* membros do serviço militar do Exército, da Força Aérea, da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA estão participando do exercício Trident Juncture. Imediatamente após esse exercício, as forças da Otan participarão do Anakonda, exercício militar organizado pela Polônia e pelos países bálticos.
As lições aprendidas com a Noruega são relevantes para outros países, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. “É importante”, disse ele, “mostrar que somos capazes de apoiar e defender qualquer aliado contra qualquer ameaça”.
* site em inglês