
O presidente Trump colocou um rosto humano no terror que a Coreia do Norte impõe ao seu povo, saudando Ji Seong-ho, desertor norte-coreano que perdeu os membros do corpo, foi torturado e quase morreu de fome em um país que o presidente chamou de “depravado”.
Em um dos momentos mais emotivos de seu primeiro discurso sobre o Estado da União, o presidente saudou Ji.
Ji se levantou e mostrou as muletas que seu pai fez e que o jovem usou para viajar milhares de quilômetros por todo o Sudeste da Ásia a fim de escapar da Coreia do Norte. Ele foi fortemente ovacionado pela plateia, onde se encontravam legisladores, o Gabinete do presidente, juízes da Suprema Corte e outros.
Aos 13 anos de idade, em 1996, enquanto catava carvão de trens em troca de comida, Ji caiu sob um trem, perdeu uma perna e parte de seu braço, e teve de suportar amputações sem anestesia. Posteriormente, ele foi torturado por autoridades norte-coreanas por ter conversado com cristãos na China.
Ji escapou em 2006 e agora trabalha em Seul. Seu objetivo é ajudar outros norte-coreanos a encontrar a liberdade e transmitir “o que o regime mais teme: a verdade”, disse Trump.
“Seu grande sacrifício é uma inspiração para todos nós”, disse o presidente em seu discurso de 30 de janeiro. “Nenhum regime oprimiu seus próprios cidadãos mais total ou brutalmente do que a ditadura cruel da Coreia do Norte.
Os desertores da Coreia do Norte descreveram tratamentos horríveis, incluindo tortura, violência sexual, execuções sumárias, privação de alimentos e abortos forçados. O sistema prisional político do país detém centenas de milhares de indivíduos, incluindo crianças