Os Estados Unidos firmaram um acordo comercial histórico com o Canadá e o México que, segundo o presidente Trump, vai permitir que agricultores e fazendeiros americanos exportem muito mais produtos, ajudar a reconstruir o setor automobilístico e aumentar a produção.
O acordo substituirá o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor há 24 anos, por um novo pacto chamado EUA-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês) para manter o comércio livre de impostos, mas em termos muito mais justos, diz Trump. O pacto requer a aprovação do Congresso.
Os três vizinhos já negociam US$ 1,2 trilhão em mercadorias e serviços por ano, tornando a região o maior mercado regional do mundo.
É “uma notícia verdadeiramente histórica para nossa nação e, de fato, para o mundo”, disse o presidente no Jardim de Rosas, em 1º de outubro, e “um ótimo negócio para todos nós”.
Ele afirma que o pacto vai abrir mais mercados para os produtos agrícolas dos EUA e para outros fabricantes, além de criar novos empregos na indústria automobilística.

Sob o antigo tratado, outros países podiam fabricar peças, enviá-las ao México para a montagem final e se qualificar para vender os automóveis com isenção de impostos nos Estados Unidos, diz ele. O novo pacto garantirá que três quartos dos componentes automotivos sejam fabricados na América do Norte.
É “um novo amanhecer para a indústria automobilística americana e para os trabalhadores americanos. (…) Vamos fabricar muito mais carros”, disse o presidente.
Além disso, o pacto exigirá que para pelo menos 40% dos automóveis construídos na América do Norte, os trabalhadores recebam pelo menos US$ 16 por hora. Os salários no México estão muito abaixo, barateando os salários dos trabalhadores mais bem pagos dos EUA e do Canadá.
O presidente disse que o que ajudou na concretização desse acordo foi o uso de tarifas por parte do governo. Ele foi fechado antes da meia-noite de 30 de setembro, prazo para o Canadá se unir a um acordo que os EUA e o México fizeram no final de agosto.
O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, que liderou as negociações durante 14 meses, disse: “O USMCA acelerará o renascimento da manufatura que nosso país desfruta sob a liderança do presidente Trump.”
Ele cria um modelo para futuros acordos comerciais dos EUA baseado em condições equitativas, fortes regras básicas sobre comércio digital, propriedade intelectual e serviços financeiros “para proteger nossa vantagem competitiva”, e um fim nas práticas comerciais injustas, disse a Lighthizer.
O novo capítulo sobre comércio digital requer tratamento não discriminatório de produtos digitais, de acordo com o representante de Comércio dos EUA, e as proteções de propriedade intelectual para direitos autorais, segredos comerciais e produtos farmacêuticos vão muito além dos acordos anteriores.
Visite o site do representante de Comércio dos EUA para ler os detalhes*.
O USMCA será submetido ao Congresso e aos órgãos legislativos do México e do Canadá depois que Trump, o ex-presidente mexicano Enrique Peña Nieto e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, o assinarem.
* site em inglês