Autoridades de saúde dos EUA deram o próximo passo para uma vacina experimental visando a proteção contra o vírus da zika, transmitido por mosquitos, que pode causar defeitos devastadores em mulheres grávidas.
Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) anunciaram em 31 de março que a agência já começou a inscrever voluntários para se submeter a testes cruciais para a próxima fase de uma vacina de DNA experimental.
Este é um tipo totalmente novo de vacina. Tradicionalmente, as vacinas são feitas com a utilização de um vírus morto ou enfraquecido para treinar o sistema imunológico do corpo a reconhecer e combater essa infecção.
Em contraste, a nova vacina contra o zika depende do DNA. É produzida com uma parte circular do DNA que transporta genes do vírus da zika que, uma vez no corpo, produzem partículas que se assemelham ao zika. Essas partículas estão próximas o suficiente para alertar o sistema imunológico, mas não podem causar infecção.
Os NIH também estão testando mais candidatos tradicionais para a vacina contra o zika. Porém, a vacina de DNA considerada mais fácil de ser produzida é a primeira a ficar pronta para esta segunda fase de testes.
News: Phase 2 Zika vaccine trial begins in U.S., Central and South America https://t.co/12jBq9XDO5 #NIH #NIHnews
— NIH (@NIH) March 31, 2017
NIH: Notícias: Fase 2 dos testes para a vacina contra a zika começa nos EUA e Américas Central e do Sul http://dlvr.it/NmdkvZ #NIH #NIHnews @NIH
O primeiro voluntário foi vacinado em 29 de março em Houston. Os NIH estão se preparando para um estudo em duas partes do qual fazem parte milhares de pessoas nos seguintes países: EUA, Brasil, México, Panamá, Costa Rica e Peru.
O vírus da zika causou uma epidemia em partes da América Latina e do Caribe, e continua a se espalhar para outros países. A temporada de mosquitos está se aproximando rapidamente no Hemisfério Norte — e o risco persiste internacionalmente.
Em 31 de março, Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas dos NIH, afirmou: “É imperativo que a pesquisa em saúde pública continue a trabalhar para conter a propagação do vírus”.
Fauci disse que os pesquisadores podem possuir pistas até o início de 2018 sobre a eficácia da vacina.