A Ucrânia perde mais de US$ 11 bilhões anualmente* em fluxos financeiros ilícitos. Esses fluxos derivam de evasão fiscal, crime, corrupção e outras atividades ilegais. É muito dinheiro, e é por isso que Yuriy Kardashevkiy e Artem Nikitin trabalham com todo o governo ucraniano para deter essa fuga de recursos do país.
Kardashevkiy trabalha no Bureau Nacional de Combate à Corrupção (Nabu, na sigla em inglês), onde ele chefia uma equipe de detetives que coleta dados que podem ajudar a identificar corrupção entre autoridades governamentais. Eles dão atenção especial a sinais de que uma autoridade está recebendo benefícios em excesso ou se enriquecendo ilegalmente. Lançado em outubro de 2014, o Nabu está trabalhando para tirar a economia da Ucrânia das trevas.
O Ministério Público da Ucrânia também foi inspecionado. Nikitin, que trabalha no gabinete do procurador-geral, afirmou que os promotores públicos que trabalharam durante o mandato do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych foram trocados por novos promotores, todos os quais são submetidos a um processo de avaliação** transparente e competitivo.
O próprio Nikitin é um produto do novo processo de avaliação. Ele se formou em 2014 obtendo um mestrado em Direito e trabalhou como promotor público em Dnipropetrovsk no sudeste da Ucrânia. Parte de seu trabalho agora é garantir que solicitações de assistência jurídica de investigadores ucranianos e promotores estrangeiros estejam em conformidade com a legislação ucraniana e tratados internacionais.
Há mais trabalho pela frente

Kardashevkiy e Nikitin concordam que há muito mais trabalho pela frente na luta contra os crimes fiscais na Ucrânia. O país aprovou algumas das leis mais rígidas de combate a corrupção e lavagem de dinheiro da Europa, mas a Ucrânia agora precisa fazer com que as leis saiam do papel para que o país “finalmente comece a executá-las”, afirmou Kardashevkiy.
Os dois acreditam que a sociedade civil exerce um papel importante na luta contra crimes fiscais. Ativistas civis “possuem tanta informação, tanta experiência (…) inexistentes nas entidades ucranianas de aplicação da lei”, afirmou Kardashevkiy. Desde a Revolução da Dignidade em 2014, a sociedade civil da Ucrânia tem cooperado com autoridades de aplicação da lei, por exemplo, para ensinar a patrulha de Polícia do país a interagir pacificamente com os cidadãos.
Apesar dos desafios, Kardashevkiy espera que seu governo continue a implementar as recomendações de seus parceiros internacionais. “A luta é real, e esperamos que será eficaz”, disse ele.
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* site em inglês
** site em inglês e ucraniano