No último inverno, pela primeira vez em sua história, a Ucrânia recebeu mais gás natural da Europa do que da Rússia.

Até a Revolução da Dignidade da Ucrânia, em 2013–2014, a Rússia fornecia pelo menos a metade do gás natural* consumido pelos ucranianos. Altos subsídios, preços artificialmente baixos e contratos obscuros com a Gazprom (estatal de energia russa) distorceram o mercado, dificultaram a produção doméstica e permitiram uma corrupção desenfreada, de acordo com Olga Bielkova, chefe adjunta do Comitê de Energia do Parlamento ucraniano.

Ela e seus colegas trabalham para acabar com a influência política sobre os produtores e comerciantes de gás. Em paralelo, eles tentam aumentar a produção doméstica de gás e diversificar as fontes de energia do país.

Uma Ucrânia mais competitiva

Retrato de Olga Bielkova (Cortesia: Olga Bielkova)
Olga Bielkova (Foto de cortesia)

A importação de gás natural faz pressão sobre as contas comerciais do país. A Ucrânia não apenas precisa produzir mais gás internamente, disse Olga, mas “também temos de ser muito mais eficientes na maneira como o consumimos”.

O país está progredindo. Em abril de 2015, a Rada (Parlamento ucraniano) aprovou uma lei que vai colocar a Ucrânia no caminho certo para criar uma base para o mercado de energia.

No ano passado, a Ucrânia trabalhou para aumentar o investimento na produção de gás natural. O governo também aumentou as tarifas para cobrir o custo de produção de energia e introduziu preços de mercado para as residências, acrescentou Olga.

Reformas contínuas

O comitê de energia do Parlamento ucraniano está agora se concentrando em eliminar ou reduzir os monopólios restantes do mercado de energia e também privatizar algumas companhias energéticas do país. “O povo da Ucrânia vai se beneficiar muito”, disse Olga, já que a necessidade de capital privado vai forçar as empresas que acabaram de se tornar independentes a serem mais eficientes para atrair investimentos.

A Ucrânia continua procurando maneiras inovadoras para reformar seu mercado de energia e se unir a outros países europeus na busca de maneiras de preencher as necessidades de energia do século 21. “A Europa vai se beneficiar muito com a Ucrânia se tornando parte da comunidade porque nós temos muitas coisas a oferecer,” disse Olga.

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* site em inglês
** site em inglês e russo