Um tratado salvou o mundo? Alguns acham que sim

Há meio século, as tecnologias nucleares se disseminavam e previsões apocalípticas abundavam conforme os países se precipitavam para desenvolver armas nucleares.

Em resposta, a comunidade internacional elaborou um modelo de cooperação que evitou o desastre. No seu 45o ano, o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) é um elemento vital da segurança global.

“Costuma-se dizer que o TNP é uma base essencial para os esforços de prevenção da disseminação das armas nucleares”, disse o embaixador Adam Scheinman, representante especial do presidente para Assuntos de Não Proliferação. “Isso é mais do que um slogan; é a base da nossa segurança comum.”

O TNP se assenta em três pilares inter-relacionados: não proliferação, desarmamento e usos pacíficos da energia nuclear. Os Artigos I, II e III do tratado tratam especificamente da não proliferação. Procuram evitar a disseminação das armas nucleares.

Determinam que Estados sem armas nucleares devem aceitar as salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para verificar se as atividades nucleares são exclusivamente para fins pacíficos.

O TNP também abre caminho para grupos de países concluírem tratados que proíbam armas nucleares em seus territórios. Acordos que criam zonas livres de armas nucleares hoje existem na América Latina, na África, no Pacífico Sul e na Ásia Central.

“NENHUMA NAÇÃO CONSEGUE ALCANÇAR ESTA VISÃO POR SI SÓ. TEM DE SER O TRABALHO DO MUNDO.” — PRESIDENTE OBAMA

Há sete anos, em Praga, o presidente Obama fez com que os EUA se comprometessem a impedir a disseminação de armas nucleares e a buscar um mundo sem elas. Obama escreveu recentemente no jornal Washington Post: “Como a única nação que já fez uso de armas nucleares, os Estados Unidos têm a obrigação moral de continuar a liderar o caminho visando eliminá-las.”

Em 31 de março e 1o de abril, Obama recebeu líderes mundiais na quarta Cúpula de Segurança Nuclear em Washington para discutir maneiras de fazer avançar as metas de não proliferação do tráfico nuclear e de combate a essa prática ilícita.