“10-22-38 Astória.” — a inscrição que marcou a criação da primeira fotocopiadora do mundo, produzida em 22 de outubro de 1938, em Astória, em Nova York — deu origem a uma revolução da informação.
Conhecida como “xerografia”, do grego “escrita a seco”, a nova tecnologia permitiu que as pessoas em toda parte duplicassem e compartilhassem informações a baixo custo. Antes da fotocopiadora, cópias eram feitas usando papel carbono com a máquina de datilografar ou um mimeógrafo que passava tinta através de um papel à base de fibra vegetal revestido por uma camada plastificada. Ambos os métodos eram sujos, complicados e, para o cidadão comum, caros.
As primeiras fotocopiadoras comerciais foram comercializadas em 1959. Seiscentos anos antes, a tipografia havia expandido a disponibilidade e baixado o custo dos livros dramaticamente. Mas relativamente poucas pessoas tinham acesso à tipografia. Agora, milhões de pessoas podem fazer cópias de quase qualquer material impresso com um simples toque de um botão. As pessoas não somente podiam ler um livro como podiam publicar seus próprios livros também — e a baixo custo.
Elas também podiam disseminar informação e opiniões. As fotocopiadoras eram tão fáceis de usar que a antiga União Soviética as mantinha trancadas sob intensa vigilância temendo que poderiam ser usadas para duplicar publicações censuradas. Mas em países onde a liberdade de expressão não é censurada, as pessoas usavam fotocopiadoras para organizar reuniões políticas, fazer cartazes para comícios e geralmente difundir suas opiniões.
A tecnologia avançou significativamente desde os primórdios da xerografia — e trouxe consigo novos meios de comunicar e compartilhar informações que não requeriam o uso de papel. Mas a fotocopiadora permanece importante. Milhões de pessoas ainda a utilizam diariamente para duplicar e disseminar informação, seja no trabalho, na escola ou na rua.
