
Hassan Al-Jahani, do Qatar, está recebendo uma educação em estilo americano sem ter de deixar seu país.

“Estudar em uma universidade de grande reputação como a Northwestern é um distintivo de honra que eu carrego com orgulho”, disse Al-Jahani, que está se formando em Comunicação no campus da filial internacional da escola na Cidade de Educação do Qatar.
A Universidade Northwestern, com sede em Evanston, Illinois, é uma das seis universidades dos EUA agrupadas em um “centro de educação” nos arredores de Doha.
Dos 250 campi internacionais que operam atualmente, mais de um terço deles são americanos, de acordo com a Associação de Educadores Internacionais.
Everette Dennis, reitora da Northwestern no Qatar, disse que o campus da universidade no país inclui estudantes de mais de 40 países. Porém, a instituição de ensino superior enfatiza os valores americanos. “A escola é dedicada aos valores de liberdade de expressão e de imprensa independente”, disse Everette, mas o estilo de educação também é “profundamente enraizado em moldes locais e conectado à cultura local”.
EUA oferecem excelência no exterior
Kevin Kinser, especialista em Educação Internacional da Universidade Estadual da Pensilvânia, disse que o apelo maior para que os países abriguem um campus de uma universidade americana é a oportunidade de seus cidadãos obterem educação americana de alta qualidade em seus países de residência, que é onde estão e fazem uso de seus estudos visando promover seus próprios países.
A Universidade George Mason, na Coreia, integra um centro de educação chamado Campus Global Incheon. As faculdades do campus estão localizadas próximas à região onde produtos de alta tecnologia na Coreia são fabricados. É nessa área que os negócios exigem um fluxo constante de capital humano altamente qualificado.

“Noventa por cento dos nossos alunos são principalmente de ascendência coreana, que viveram no exterior e desejam ter uma oportunidade de conduzir seus estudos em inglês, receber um diploma americano de alto nível a um valor acessível e estar perto da família”, disse Gbemisola Disu, funcionária da universidade.
A estudante coreana Madeline Joung disse que sua experiência na George Mason da Coreia “me deu mais oportunidades de me desafiar” e que o estilo de ensino americano “me fez olhar para a educação não como um objetivo, mas como um processo”.
Benefício para os EUA também
Em um campus de uma filial internacional, os membros do corpo docente americano podem encontrar maiores oportunidades de colaborar com seus homônimos internacionais em projetos de pesquisa, especialmente em um centro educacional como Incheon ou Doha.

Brooke Finnicum, de Delaware, recém-formada pela Universidade George Mason da Coreia, disse que estudar no exterior “me ajudou a ser mais independente, confiante e me permitiu ter uma mentalidade global”.
O período que passou no campus de Incheon a levou a aprofundar seus estudos culturais coreanos, e ela agora contribuirá com um crescente grupo de especialistas internacionais dos EUA. “Eu me tornei incrivelmente apaixonada por uma cultura e uma linguagem completamente diferentes”, disse ela.