Nada pode detê-la: depois de luta contra o câncer, ela está pronta para o rúgbi

“Inicialmente, o oncologista achou que era benigno”, disse Jillion Potter, que acordou depois de um torneio de rúgbi em 2013 com um nódulo debaixo da língua.

Não era. Jillion estava com um raro câncer de tecidos moles, um dos mais difíceis de serem diagnosticados. Um sarcoma sinovial em estágio 3 a tirou do campo de rúgbi para um quarto de hospital, e o tratamento a fez sentir como se tivesse a pior gripe do mundo. Ela passeava pelos jardins do Hospital da Universidade do Colorado com sua camisa e ombreiras penduradas na haste que levava seu medicamento intravenoso.

E veio mais um desgosto. Em 2010, um embate durante um jogo resultou em uma lesão que poderia ter acabado com sua carreira e ameaçado sua vida. Agarrada e debaixo de uma pilha de jogadoras em um jogo contra a França, Jillion teve vértebras quebradas e ligamentos rompidos. Mas evitou ficar paralisada.

“Como no rúgbi, podemos ser derrubadas muitas vezes”, disse Jillion, 30, sobre seu tratamento. Ela continuou dizendo a si mesma: “Levante-se e enfrente.”

Woman holding rugby ball running from opponents (© AP Images)
Jillion Potter, center, says sports helped give her the tools to overcome adversity. (© AP Images)

Durante o diagnóstico de câncer, sua mulher, Carol Fabrizio, foi sua maior apoiadora. Ela sempre “acreditou que eu poderia superar isso e que nós poderíamos superar isso juntas”, disse Potter.

Novidade no Rio: rúgbi de sete

“Quando criança, nunca pensei que estaria na Olimpíada”, disse Jillion sobre sua infância no Texas. Ela só começou a jogar esportes coletivos depois do ensino primário. Uma amiga de faculdade na Universidade do Novo México a convenceu a tentar o rúgbi.

O rúgbi não é jogado nas Olimpíadas desde 1924, mas este ano os times vão jogar de “sete”, um tipo de rúgbi de ritmo mais rápido e pontuação mais alta com 7 jogadores por equipe em vez de 15. Jillion diz que gosta dessa variação porque tem muito mais velocidade, com jogadas de um contra um, lances rápidos e muita força.

Depois de suas batalhas fora de campo, Jillion está pronta para jogar o primeiro torneio olímpico feminino de rúgbi como uma das capitãs da Equipe dos EUA. O que ela mais espera? “Ser capaz de competir em um cenário mundial, no nível mais alto de competição. Contra as melhores.”

Na Olimpíada do Rio, o torneio de rúgbi feminino de sete será realizado de 6 a 8 de agosto. Você pode seguir Jillion Potter em @jillppotts*, saber mais sobre os atletas olímpicos dos EUA* e ter uma ideia da emoção olímpica em #RoadtoRio*.

* site em inglês