Vacinas têm ajudado a controlar a disseminação de muitas doenças mortais e nos permitiram erradicar a varíola. Inovadores dos Estados Unidos, da Alemanha, do Reino Unido e de outros países têm desenvolvido vacinas contra a Covid-19 seguras e eficazes que estão ajudando a combater a pandemia.
A empresa farmacêutica americana Moderna e a alemã BioNTech, em parceria com a americana Pfizer, desenvolveram as primeiras vacinas de RNA mensageiro (mRNA) que se mostraram altamente eficazes na prevenção da Covid-19. A fabricante americana Johnson & Johnson desenvolveu uma vacina de dose única que também está ajudando a reduzir os casos de Covid-19 em todo o mundo.
Os Estados Unidos estão doando 610 milhões de doses de vacinas para países e economias de baixa e média renda. A maioria das doações é feita por meio da Covax Facility, parceria internacional dedicada a distribuir vacinas de maneira equitativa. Os EUA também contribuíram com US$ 4 bilhões para a Gavi, Aliança Global para Vacinas e Imunização, em apoio à Covax.
O apelo do presidente Biden para que os EUA sirvam como um “arsenal de vacinas” para o mundo se baseia nos investimentos dos EUA em pesquisa biomédica e nos esforços inovadores de décadas para controlar e erradicar doenças infecciosas em todo o mundo.
A pólio causava a paralisia em centenas de milhares de crianças* anualmente antes de Jonas Salk, médico americano, pesquisador médico e virologista, desenvolver uma vacina em 1955. Um grande esforço global de vacinação reduziu os casos de pólio em 99% entre 1988 e 2013, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Com a continuação da vacinação, a poliomielite pode se tornar a próxima doença totalmente erradicada.
O sarampo matava cerca de 2,6 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano antes de John Enders, cientista biomédico americano e ganhador do Prêmio Nobel, desenvolver uma vacina em 1963. Atualmente há muito menos casos: o sarampo causou cerca de 142 mil mortes em todo o mundo em 2018, segundo os CCPD.
NEWS: @EmoryUniversity in Atlanta will begin enrolling healthy adult volunteers in a Phase 1 clinical trial of a vaccine designed to prevent #coronavirus disease. The trial began in Seattle last week & will enroll a total of 45 people across the 2 sites: https://t.co/mxSNJjm7mq pic.twitter.com/1yf5BettP1
— NIAID News (@NIAIDNews) March 27, 2020
Tuíte:
Notícias do Niaid (Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas):
A Universidade Emory em Atlanta vai começar a inscrever voluntários adultos saudáveis em um teste clínico Fase 1 de uma vacina destinada a prevenir a doença causada pelo coronavírus. O teste começou em Seattle na semana passada e registrará um total de 45 pessoas nos dois locais: http://bit.ly/COVIDVaxAtlantaNiaid …
@NiaidNews @EmoryUniversity #coronavirus
Pesquisadores dos EUA também estão procurando curas para estas doenças:
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers)

A Mers se espalhou pelos Estados Unidos em 2014, depois de aparecer pela primeira vez em humanos na Península Arábica, em 2012. Cientistas aprenderam como o vírus (Mers-CoV) causa a doença e começaram a desenvolver possíveis vacinas.
O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) afirma que uma das vacinas em potencial para a Covid-19 foi transferida rapidamente para ensaios clínicos porque foi adaptada de uma vacina em desenvolvimento para proteger contra a Mers.
Ebola

A doença causada pelo vírus ebola pode provocar febre, sangramento interno e morte. O vírus é transmitido entre humanos através do contato com fluidos corporais. Os surtos têm ocorrido principalmente na África, inclusive na República Democrática do Congo (RDC) e na Guiné em 2021.
Reguladores americanos e europeus aprovaram nos últimos anos a vacina da empresa farmacêutica americana Merck contra a cepa da doença do Zaire. Os Estados Unidos é o país que mais tem doado para esforços de resposta ao ebola e apoiam atividades de prontidão e resposta em nível nacional em países com surtos.
Zika

O vírus zika é transmitido principalmente por mosquitos e levou ao nascimento de milhares de crianças com defeitos congênitos no Continente Americano em 2015 e 2016.
O Instituto de Pesquisa Walter Reed do Exército, o maior centro de pesquisa biomédica do Departamento de Defesa dos EUA, fez um rápido progresso em direção a uma vacina contra o zika e iniciou ensaios clínicos no final de 2016.
Cientistas do Niaid desenvolveram uma vacina experimental e começaram a testá-la em ensaios clínicos em março de 2017.
Malária

Outra doença transmitida por mosquitos, a malária, representa um risco para metade da população do mundo, 3,4 bilhões de pessoas. A doença estava matando 700 mil pessoas anualmente na África antes de o presidente George W. Bush lançar a Iniciativa do Presidente de Combate à Malária em 2005. Até 2017, por meio da distribuição ampliada de métodos terapêuticos e medidas preventivas, como mosquiteiros, o número de mortes em decorrência da malária foi reduzido em mais da metade para cerca de 300 mil anualmente.
Pesquisadores dos EUA também fazem parte de um esforço internacional para desenvolver uma vacina que se mostrou 77% eficaz na prevenção da malária em crianças entre 5 e 17 meses de idade.
Tuberculose

A tuberculose é causada por bactérias que atacam os pulmões. É transmitida de pessoa para pessoa quando uma pessoa infectada expele germes no ar ao espirrar ou tossir. A doença mata 1,5 milhão de pessoas por ano e superou a Aids como a principal causa infecciosa de morte no mundo.
Uma vacina existente tem eficácia limitada. É por isso que o Niaid financia pesquisas para desenvolver vacinas e realizar tratamentos. Várias vacinas em potencial mostraram sucesso em estudos com animais e estão passando por testes clínicos.
* site em inglês
Este artigo foi publicado originalmente em 23 de abril de 2020.