Às vezes um funcionário do governo aceita uma propina ou rouba dinheiro público ou não serve adequadamente o público. Mas embora isso aconteça nos EUA também, o governo americano toma medidas fortes para erradicar a corrupção e punir os culpados.

Basta perguntar aos funcionários do hospital de veteranos de guerra que roubaram informações de pacientes e entregaram declarações de imposto de renda fraudulentas. Ou aos trabalhadores federais que defraudaram um programa do governo voltado para pessoas com deficiência.

Todos foram acusados de crimes, e todos foram condenados.

Ilustração de um homem com um machado nas mãos olhando para uma árvore com um tronco em forma de coluna e com cédulas de dinheiro em vez de folhas (Estado Dept./D. Thompson)
(Depto. de Estado/D. Thompson)

A corrupção esgota a capacidade do governo de ajudar seus cidadãos, e mina a confiança dos cidadãos em seu governo.

A maneira mais eficaz de combater a corrupção é com fiscalização. Muitas nações alcançam esse objetivo através de agências especiais que monitoram o desempenho do governo, investigam comportamentos impróprios e dão início a medidas legais para punir os corruptos.

Nos EUA, 71 agências governamentais possuem um Escritório do Inspetor-Geral (IG). Esses “IGs” combatem a fraude, o desperdício e o abuso. Para garantir a sua independência, cada um se apresenta ao chefe da agência e ao Congresso dos EUA. Dessa forma, ninguém em uma agência — incluindo o chefe — pode impedir que um inspetor realize uma investigação, ou indevidamente exercer influência em seus resultados.

No ano passado os inspetores-gerais federais garantiram 5.500 condenações de corrupção* e, com isso, os contribuintes economizaram até US$ 45 bilhões.

Os EUA não estão sozinhos na luta contra a corrupção. Cerca de 133 países têm controladorias-gerais que funcionam como os IGs americanos.

Os cidadãos pobres podem se beneficiar mais quando o governo não é corrupto. Recentemente, a ONG Transparência Internacional realizou pesquisa em 28 países da África Subsaariana** e descobriu que os entrevistados pobres tinham duas vezes mais probabilidade do que os mais ricos de considerar o pagamento de propina necessário. Isso é porque os cidadãos mais pobres têm menos acesso a serviços privados; portanto, eles dependem ainda mais de instituições educacionais, hospitais e outros serviços fornecidos pelo governo.

O presidente Obama concorda. A corrupção, segundo ele, “refreia todos os aspectos da vida econômica e civil”. Enfrentá-la “exige um compromisso de toda a nação — líderes e cidadãos — para mudar os hábitos e mudar a cultura”.

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