Embora Martin Luther King seja um dos mais famosos nomes do movimento pelos direitos civis dos Estados Unidos, muitas outras pessoas trabalharam lado a lado com ele a fim de viabilizar uma sociedade mais equitativa para os cidadãos afro-americanos. Eis aqui três líderes femininas que exerceram papéis importantes na luta em prol da mudança legal e social.
Coretta Scott King

Coretta Scott King foi mais do que a esposa de Martin Luther King — ela era vital para a estratégia de Luther King em relação ao movimento. Ambos estavam empenhados em basear o movimento pelos direitos civis em protestos pacíficos e organização comunitária. Além disso, Coretta foi educada como cantora clássica e realizou concertos no sul do país que deram início a diálogos sobre desigualdade racial, ajudaram a conseguir apoio e aumentaram a verba para o movimento.
Após a morte de King, Coretta continuou o trabalho do marido e moldou seu legado. Ela era uma opositora ferrenha do regime do apartheid e continuou a liderar protestos pacíficos em prol da igualdade racial. E também estabeleceu o Centro King* em Atlanta em 1968 a fim de preservar a história do movimento. Hoje, o centro está registrado como Patrimônio Histórico Nacional e educa milhares de visitantes anualmente sobre King e os direitos civis.
Dorothy Cotton

Dorothy Cotton foi membro-fundador da Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC, na sigla em inglês) em 1957 com King, Wyatt T. Walker e Jim Wood.
Durante a década seguinte, a SCLC foi um centro de ativismo pelos direitos civis, organizando protestos não violentos em todo o Sul que pediam a dessegregação de espaços públicos.
Através de seu trabalho como diretora do Programa de Educação para a Cidadania da SCLC, Dorothy educou as comunidades afro-americanas sobre o cadastramento de eleitores e ensinou táticas de protestos não violentos. Ela descreveu seu trabalho como uma forma de ajudar “as pessoas a perceberem que têm em si o material necessário para gerar uma nova ordem”. Ela frequentemente se correspondia com King e o acompanhou a Oslo, na Noruega, quando ele aceitou o Prêmio Nobel da Paz em 1964.
Jo Ann Robinson
![Jo Ann Robinson (© Condado de Montgomery [Alabama] Archives) Foto de uma mulher segurando uma placa impressa com um número (© Condado de Montgomery [Alabama] Archives)](https://share.america.gov/wp-content/uploads/2020/01/Jo-Ann-Robinson2-216x300.jpg)
Muitos sabem sobre o envolvimento de Rosa Parks no boicote aos ônibus em Montgomery, mas poucos se lembram dos esforços organizacionais de Jo Ann Robinson nos bastidores.
Depois que Rosa Parks foi presa por se recusar a ceder seu assento de ônibus para um passageiro branco em 1955, Jo Ann mobilizou 52 mil pessoas a fim de protestar contra as leis de segregação de ônibus públicos do Alabama. Os boicotes duraram um ano e acabaram levando à dessegregação em todo o Sul. Arriscando a prisão, Jo Ann não apenas organizou os boicotes, mas participou deles.
Em suas memórias, Jo Ann disse: “O boicote foi a mais bela lembrança que todos nós que participamos levaremos para o nosso local de descanso final.” King elogiou a organização do boicote de Jo Ann e reconheceu seu envolvimento em todos os níveis do protesto.
* site em inglês