Enquanto a produção global de alimentos, ração e fibra aumenta a cada ano, o número de novos agricultores sofre um declínio. Impulsionado em parte pela urbanização e realidades econômicas, o número de agricultores alcançou um ponto tão baixo que formuladores de políticas estão preocupados com o futuro das comunidades rurais.

Em muitas partes do mundo, a rápida urbanização está atraindo os filhos dos agricultores para empregos no setor de serviços nas cidades. (Nos EUA, metade dos agricultores tem 55 anos de idade ou mais. Na África Subsaariana, a média de idade é em torno de 60 anos, segundo um relatório recente da ONU.)

O desenvolvimento em áreas suburbanas e até mais além aumentou os preços das terras o suficiente para tornar a agricultura proibitiva a potenciais agricultores recém-chegados sem grande poder de compra. Um resultado tem sido um aumento de fazendas de propriedade corporativa, que representam uma competição assustadora para possíveis operações independentes e de pequena escala.

Precisa-se: agricultores jovens 

Precisa-se de iniciantes para substituir os agricultores com idade avançada que produzem os alimentos consumidos hoje. É por isso que os formuladores de políticas, que também querem melhorar a viabilidade de comunidades rurais, estão unindo forças para incentivar jovens agricultores. Autoridades dos EUA, agências da ONU* e a Fundação Prêmio Mundial da Alimentação*, por exemplo, oferecem oportunidades para os jovens trabalharem na terra usando técnicas inovadoras que alimentarão uma população em crescimento enquanto protegem o meio ambiente.

A abordagem americana

Em 2014, o Congresso dos EUA aumentou o financiamento para ajudar novos agricultores a comprar terra, a providenciar seguro agrícola e a aprender métodos agrícolas modernos. O dinheiro ajuda os agricultores aposentados a transferir sua terra para novos agricultores e ajuda veteranos militares a fazer a transição para a agricultura.

“Nós temos de fazer um trabalho melhor para continuar a atrair e reter os jovens nesta convocação extraordinária”, disse o secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack. Um site do Departamento de Agricultura** ensina as pessoas como adquirir terras e financiar suas operações, bem como gerenciar riscos, obter assistência técnica e proteger o meio ambiente enquanto realiza o cultivo. O site pode ser voltado para os jovens, mas também pode ser interessante para outras faixas etárias.

O departamento exorta futuros agricultores a estudar Ciência e a adaptação às mudanças climáticas através de seu apoio a organizações como 4-H* e FFA* (anteriormente conhecida como Future Farmers of America, ou Futuros Agricultores dos EUA).

Jovem produtora de aves da Etiópia (Alimentar o Futuro)

Uma abordagem da ONU

A Organização das Nações Unidas mostra como programas educacionais como escolas de campo para agricultores* permitem que novos agricultores aprendam práticas agrícolas. E explica como os jovens, através de organizações agrícolas e meios de comunicação aprimorados, podem se conectar com mercados para vender alimentos de maior valor.

Tente um estágio

Todos os anos, a Fundação Prêmio Mundial da Alimentação, grupo sediado em Iowa, convida estudantes de ensino médio de todo o mundo para seu Instituto Global para a Juventude*, onde eles apresentam trabalhos de pesquisa sobre como produzir alimentos suficientes de maneira sustentável para alimentar a população de seus países. Eles também visitam instalações industriais e de pesquisa de ponta relacionadas à alimentação e à agricultura e têm oportunidades de conhecer especialistas internacionais em agricultura.

Alguns desses alunos são selecionados para estudar por dois meses em organizações internacionais de pesquisa, onde se aprofundam em questões relacionadas à agricultura e à nutrição.

Mesmo você estando ou não interessado em agricultura, esses esforços oferecem reflexões sobre quem produzirá os alimentos necessários para sua comunidade nos próximos anos.

* site em inglês
** site em inglês e espanhol