Você quer um solo mais saudável? Não are a terra.

Um sistema de lavoura que ganha popularidade com os agricultores deixa 30% do solo coberto com os resíduos da colheita do ano anterior (Departamento de Agricultura dos EUA)

À medida que os agricultores se adaptam aos efeitos das mudanças climáticas, eles desejam formas rentáveis para maximizar a água disponível e melhorar o solo. Cada vez mais agricultores estão descobrindo a lavoura de conservação (também chamada agricultura de conservação).

Depois de uma colheita, em vez de perturbar o solo através da aragem, os agricultores deixam resíduos como caules de milho ou palha de trigo no campo enquanto plantam a colheita da próxima estação. A prática aumenta a capacidade do solo de reter umidade, permitindo que as colheitas se desenvolvam melhor durante as condições meteorológicas extremas do clima seco. O método também oferece outros benefícios:

  • Reduz a erosão do solo em até 60%, dependendo do método da lavoura e da quantidade de resíduos deixados para proteger o solo da chuva e do vento.
  • Adiciona matéria orgânica saudável ao solo.
  • Requer que o trator se locomova menos através da plantação, o que representa menos gastos com combustível e plantio.
  • Reduz a poluição do ar causada por poeira e emissões de diesel.
  • Reduz a compactação do solo, o que pode interferir com o crescimento das plantas.

Com o passar do tempo, a lavoura de conservação em conjunto com a rotatividade de colheitas e o uso de lavouras plantadas visando a proteção do solo provou ser capaz de aumentar o rendimento das colheitas e enriquecer o solo.

O estudo de caso recente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura nas Planícies Indo-Gangéticas* descobriu que a agricultura de conservação reduz as aplicações de água em até 40%, melhorando a eficiência dos fertilizantes e aumentando os rendimentos de arroz e trigo de 5% a 10%.

Além do mais, nas planícies orientais — onde os campos normalmente permanecem inativos por 80 dias após a colheita do trigo — uma safra de feijão-mungo verde de verão plantada em solo sem cultivo produz 1,45 toneladas por hectare, no valor de US$ 745.

Este artigo foi publicado originalmente em 27 de maio de 2016.

* site em inglês com tradução automática para o francês e o espanhol
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