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Em muitas comunidades isoladas ao redor do mundo, celulares básicos já funcionam como médicos, enquanto que smartphones são usados como clínicas de diagnósticos.

Mulher olha para a tela de um celular (Cortesia: Medic Mobile)
Uma funcionária de uma organização de saúde parceira verifica as recomendações para grávidas oferecidas através de um aplicativo da Medic Mobile (Cortesia: Medic Mobile)

Dispositivos móveis, especialmente celulares simples e baratos, aumentam o alcance e a eficiência da assistência médica* em países em desenvolvimento ao permitir que profissionais de saúde deem aconselhamento médico através de mensagens de texto, armazenem os históricos clínicos dos pacientes, monitorem epidemias e controlem os estoques de medicamento. Em Bangladesh, pais e mães podem registrar seus números de telefone para receber alertas de vacinação infantil, e programas de saúde móvel (mHealth, da sigla em inglês), como o MAMA South Africa*, beneficiam a saúde materna e infantil de centenas de milhares de pessoas.

Em alguns casos, doentes que não têm acesso a instalações médicas podem contar com aplicativos de diagnóstico em seus smartphones em vez de caminhar horas ou dias até o centro médico mais próximo.

A comunidade como ponto central

As empresas start-up estão mais bem posicionadas para levar adiante programas mHealth porque, em geral, têm uma capacidade maior de se adaptar e responder à demanda do que governos ou grandes empresas, de acordo com Christina Synowiec*, do Centro de Inovações para o Mercado de Saúde.

Mulher usa celular. Outra mulher está sentada ao seu lado (Cortesia: Medic Mobile)
Na África, uma profissional de saúde usa um aplicativo da Medic Mobile em um telefone básico (Cortesia: Medic Mobile)

Uma dessas empresas start-up, Medic Mobile*, tem como foco o monitoramento de doenças e a saúde materna e infantil. Fundada em 2009 por Josh Nesbitt, estudante da Universidade de Stanford, a empresa oferece pacotes de software para internet e telefones celulares a profissionais de saúde baseados em comunidades da África, da Ásia e da América Latina.

Nesbit vê a tecnologia como “um facilitador extremamente importante” na transição de um sistema de saúde centralizado para um sistema de saúde baseado nas comunidades e apoiado à distância por profissionais clínicos.

Um homem e uma mulher olham para a tela de um telefone (Cortesia: Medic Mobile)
Funcionários da Medic Mobile treinam profissionais de saúde no Nepal (Cortesia: Medic Mobile)

A Medic Mobile, que já trabalha em parceria com mais de 50 governos e organizações não governamentais, tem um objetivo ambicioso: aumentar, até 2020, de 13 mil para 200 mil o número de profissionais de saúde que usam seu sistema. Isso significaria 100 milhões de pacientes, de acordo com o grupo.

Por fim, Nesbit vislumbra as melhores ferramentas digitais da Medic Mobile inseridas nos sistemas nacionais de saúde. Ele acredita que seu grupo e outras iniciativas de mHealth vão conseguir transformar a assistência médica.

* site em inglês