Mulher com a bandeira iraniana pintada no rosto em meio à multidão de torcedores (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Torcedores vibram pela seleção iraniana durante partida contra o Brasil na semifinal de Voleibol Masculino da Liga das Nações em 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

Quando as seis melhores equipes masculinas de voleibol do mundo — Brasil, França, Irã, Polônia, Rússia e EUA — se encontraram em Chicago, de 10 a 14 de julho, cada uma atraiu seus próprios torcedores. A equipe iraniana teve os aplausos mais entusiasmados.

Max Holt, meio de rede da equipe americana durante o torneio, assistiu à partida entre o Irã e o Brasil. “Parecia que estávamos em Teerã”, disse Holt. “O Irã tinha um monte de fãs aqui. Seus fãs viajam para todos os lugares.”

As atuais sanções dos EUA contra o regime iraniano são concebidas a fim de minimizar os efeitos nocivos sobre o povo iraniano. Além de isenções para alimentos, remédios e assistência a desastres, eventos esportivos e culturais, como este estão isentos das sanções dos EUA.
John Speraw, técnico da equipe de vôlei dos EUA, disse: “Como representante dos Estados Unidos, que servem de anfitriões da final da Liga das Nações de Voleibol, minha maior esperança para o evento era que seria uma ótima experiência para os jogadores.” Depois de testemunhar a energia dos torcedores, Speraw afirmou: “Espero que os iranianos voltem sempre.”
Fãs se amontoaram atrás de barricada do lado de fora de arena (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Torcedores esperam pela seleção masculina de vôlei do Irã, depois da semifinal entre Irã e Brasil, em 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

Os jogos de Chicago da Federação Internacional de Voleibol, comumente conhecidos pela sigla FIVB, marcaram a primeira vez, além dos Jogos Olímpicos, que os EUA sediaram um grande evento de voleibol masculino — e a primeira vez desde 2015 que uma equipe iraniana de vôlei competiu em solo americano.

Dois homens em uma quadra de vôlei levantam os braços em comemoração. Ao fundo, outros torcedores também comemoram (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Amir Ghafour (camisa 10) e Ali Shafiei (camisa 16) do Irã comemoram um ponto durante as semifinais de Voleibol Masculino da Liga das Nações em 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

Um iraniano americano saiu de St. Louis e viajou 467 quilômetros de trem para ver o jogo. Seu amigo dirigiu 1.580 quilômetros de Boston para apoiar a equipe. “Em comparação com os fãs brasileiros, nossa torcida era mais entusiasmada”, disse ele por meio de um intérprete. “Estávamos gritando e torcendo com toda a nossa força. Os torcedores iranianos estavam cheios de energia.”

Grande grupo de fãs torcem com os braços levantados (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Fãs da seleção iraniana durante as semifinais de Voleibol Masculino da Liga das Nações. O Irã enfrentou o Brasil no dia 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

Homens e mulheres iranianos-americanos torciam lado a lado na arena. Algumas mulheres usavam lenços de cabeça, outras não. Eles vieram de diferentes regiões de Chicago e de todos os Estados Unidos. Tinham em comum o amor pela equipe.

O voleibol rapidamente ganhou popularidade no Irã, e a equipe masculina está entre as melhores do mundo. Seyed Mohammad Mousavi, veterano bloqueador do meio-campo, disse aos repórteres da Liga das Nações de Voleibol que cerca de 40 milhões de espectadores acompanham os jogos televisionados no Irã. Mousavi tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram.

Homem segurando bola de vôlei, com outros jogadores ao fundo (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Seyed Mohammad Mousavi Eraghi (camisa 6), do Irã, se prepara para uma partida contra o Brasil em 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

A partida do Irã contra a seleção brasileira em 12 de julho foi um dos destaques do torneio. Ambas as equipes haviam sofrido uma derrota para a equipe polonesa e assim estavam jogando para evitar a eliminação.

Com uma grande animação* durante o jogo, o Brasil levou vantagem nos dois primeiros sets, e o Irã acabou vencendo o terceiro e quarto, levando a um set de desempate que terminou com a derrota do Irã por uma pequena margem.

Homens jogando vôlei (© Laura McDermott/Depto. de Estado)
Milad Ebadipour (camisa 2) salta para fazer um ataque com a bola durante as semifinais do jogo do Irã contra o Brasil em 12 de julho (© Laura McDermott/Depto. de Estado)

Milad Ebadipour, jogador que atua no ataque para o Irã, está ansioso pelo próximo passo para seus companheiros de equipe: a partida de qualificação olímpica contra a equipe russa que saiu vitoriosa em Chicago. “Será um jogo difícil, mas queremos mostrar a todos que somos uma das melhores equipes do mundo”, disse Ebadipour.

“Parabéns a todo o povo iraniano”, disse Ebadipour. “Eles realmente nos apoiaram muito aqui. Parabéns a eles. Eu beijo suas mãos.”

* site em inglês