Sean Griffin é cofundador de mais de 20 empresas iniciantes (ou startups), mas não crê no plano de negócios tradicional como um primeiro passo importantíssimo.
Um plano de negócios, diz ele, é baseado em hipóteses. Redigir um plano pode levar muito tempo, e você pode passar a considerar seu plano irrelevante se o mercado mudar enquanto você o elabora. Quando você o implementa, a realidade pode contrariar suas suposições.
Acelerador sem obstáculos
Há alguns anos, Sean lançou a Copa das StartUps, uma competição que funciona como um “acelerador sem obstáculos” das pequenas empresas, que se concentra em empresas em desenvolvimento desprovidas de um plano de negócios. Seu modelo enfatiza um jeito mais rápido para implementar táticas que vão da ideia ao mercado, desenvolver a clientela, levantar fundos de inicialização, formar equipe e gerar receita.
“O objetivo é obter alguma receita o mais rápido possível”, disse Griffin, de modo que um empresário sem dinheiro pode abrir um negócio quando quiser.

A abordagem funcionou em Gana para Dziedzorm “JayJay” Segbefia, atualmente bolsista da Iniciativa Jovens Líderes Africanos, um programa dos EUA que dá suporte a uma geração emergente de líderes africanos. Depois de escrever um plano de negócios de 150 páginas para sua agência de viagens de aventura e esporte, Bravehearts Expeditions, Segbefia disse que estava “esperando o milagre que traria um investidor”, de preferência um com pelo menos US$ 2 milhões.
O milagre não aconteceu, mas a Copa das StartUps ensinou Segbefia como impulsionar o negócio. Ele e seus parceiros iniciaram seu empreendimento com menos de US$ 100 e ganharam a competição de 2013 em Gana. No primeiro ano de operação, Bravehearts Expeditions registrou US$ 7 mil em lucros operacionais.
Visualize
Testar um modelo de negócio repetidamente contra as realidades do mercado e evoluí-lo adequadamente faz parte da abordagem de Griffin.

Desde 2011, 70 competições da Copa das StartUps foram lançadas em 45 países. Mais da metade das empresas iniciantes concorrentes pertencem a mulheres. A empresa de Griffin pede que empreendedores experientes, executivos, acadêmicos, representantes do governo, banqueiros e advogados de todo o mundo unam forças e criem uma edição local da competição.
Trabalhando com o Departamento de Estado e as empresas patrocinadoras, Griffin autoriza sem qualquer custo o emprego de ferramentas visuais e assistência técnica para sediar uma competição da Copa das StartUps. Os prêmios incluem geralmente o capital inicial, bem como capacitação e mentoreamento no Vale do Silício. Mas Griffin disse que o processo de competição em si oferece um “acelerador sem obstáculos” para os participantes.
Experiência transformadora
Waleed Fahmy disse que aprendeu sobre fazer networking e gestão financeira durante a Copa das StartUps, realizada no Cairo em que a sua empresa de design digital, Webkeyz, venceu a competição.
No Paquistão, onde muitos estudantes de pós-graduação em Ciência e Engenharia trabalham como empregados em grandes corporações, Binish Bhagwanee encontrou seu próprio caminho quando ela entrou para a pequena empresa Go-Fig Solutions Pvt Ltd, que vende software para combater o terrorismo.
A Copa das StartUps foi transformadora para Bhagwanee, chefe do setor digital da empresa, e seus colegas. Ela diz que acha que nunca mais “voltarão para empregos normais de 9 às 5”.