Quando o mundo não o reconhece pelo que você realmente é, mude o mundo.

Presidente Obama e Gena Grocero sorrindo (Cortesia: Gena Grocero)
Modelo e ativista dos direitos dos transgêneros Geena Rocero sorrindo juntamente com o presidente Obama durante jantar de gala LGBT do Comitê Nacional do Partido Democrata (Cortesia: Geena Rocero)

Quando a modelo e defensora das causas das pessoas trans Geena Rocero veio a público* com sua história pessoal, ela explicou que o gênero ao nascer nem sempre coincide com quem você é por dentro.

O dia 20 de novembro marca o Dia da Memória Trans* para lembrar das pessoas trans que foram assassinadas por terem sido vítimas de crimes de ódio. Para Geena Rocero, as vigílias em todo o mundo ressaltam a importância do trabalho de defensoria realizado por grupos como o Gender Proud, fundado por ela. A luta pela aceitação das pessoas trans é parte da luta geral em nome da igualdade LGBT.

Mentalidade de reforma

Gender Proud* (Orgulho de Gênero, em tradução livre) e outras organizações, algumas financiadas pelo Fundo Global da Igualdade*, combatem a violência que afeta as pessoas trans, as lésbicas, os gays e os bissexuais, e defendem a reforma das leis de reconhecimento de gênero. O problema? Mesmo em nações que legalmente protegem as pessoas trans, passaportes ou documentos de habilitação geralmente listam o gênero errado. Isso pode sujeitar uma pessoa ao preconceito em diversas situações, inclusive ao fazer entrevistas de emprego, passar pela alfândega em um aeroporto ou cruzar a fronteira de um país.

“Queremos que o direito à sua documentação legal corresponda a quem você realmente é”, afirma Geena Rocero. “Remonta ao componente muito básico de ser reconhecido.”

Sistemas de apoio

Comparada a outras pessoas, Geena Rocero tem muita sorte. Antes de se mudar para os Estados Unidos, sua família e comunidade apoiaram enormemente a sua identidade em sua terra natal: as Filipinas.

Seu conselho para as pessoas trans e LGBT é encontrar um sistema de apoio que “queira que você seja a melhor pessoa que você é”, mesmo se, infelizmente, seus integrantes possam não fazer parte de sua família consanguínea.

“Contanto que você viva a sua verdade, não tem como você errar. Continue buscando aquela verdade, porque o mundo está mudando. As pessoas estão percebendo que nós somos apenas seres humanos que buscam uma verdade”, afirma ela.

*site em inglês