
O bispo Cassius Zulu, 53, pastor da Igreja do Evangelho Bíblico na África (Bigoca) em Lusaka, foi vacinado contra a Covid-19. Ele enfatiza a importância da saúde pública.
“Somente a fé não é suficiente”, disse Zulu. “Como pastor, é importante ser um exemplo vivopara a comunidade. É uma boa combinação de praticar a fé e proporcionar esperança.”
Mesmo com funcionários do Ministério da Saúde da Zâmbia trabalhando com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CCPD) dos EUA para expandir a vacinação contra a Covid-19 e o acesso a informações precisas e confiáveis, zambianos como o bispo Zulu também estão fazendo a sua parte.

A porta-voz da Assembleia Nacional, Nelly Mutti, recebeu uma segunda dose da vacina em setembro. Ela exorta outros zambianos a serem vacinados. “Tomei a vacina para proteger a mim e a outras pessoas com quem convivo diariamente”, disse ela.
Nelly não relatou ter tido fortes efeitos colaterais. “As vacinas não são novas”, disse ela. “Temos tomado vacinas desde a infância. Como diz o velho ditado médico, ‘A prevenção é melhor do que a cura’”.
Desde 13 de dezembro, mais de 1,2 milhão de zambianos já receberam pelo menos uma dose de uma vacina contra a Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde da Zâmbia.
Mutanuka Simbuwa, 56, agente comunitário de saúde em Lusaka, disse a outras pessoas que a vacina estimula o sistema imunológico e fornece proteção contra o vírus.
“Depois de testemunhar em primeira mão muitas doenças e mortes por Covid-19 em meu bairro e na comunidade em geral, resolvi proteger a mim e a minha família”, disse ele.

O Dr. James Simpungwe, oficial médico dos CCPD da Zâmbia para a província de Lusaka, disse que os CCPD e as autoridades locais aconselham os profissionais de saúde a permitir que as pessoas hesitantes expressem suas preocupações sobre a vacina, mas depois as orientem a obter informações precisas e confiáveis sobre o vírus e as vacinas. Isso inclui a Organização Mundial da Saúde*, o Ministério da Saúde da Zâmbia* e os sites dos CCPD*.
Outras dicas incluem:
- Leia bem mais que os tuítes e as manchetes, e verifique as fontes.
- Tenha cuidado com informações desatualizadas.
- Não acredite em tudo que você ouve.
Os CCPD capacitaram mais de 500 profissionais de saúde em quatro províncias, de acordo com Simpungwe.
Também ajudaram a desenvolver pôsteres e brochuras explicando o vírus. Esse material tem como alvo especialmente as pessoas com HIV. Essas pessoas podem ter maior probabilidade de adoecer gravemente devido à Covid-19. Mais de 30 mil pacientes soropositivos receberam a vacina.
Barbara Hara Musonda, 43, mãe de quatro filhos, decidiu se vacinar por motivos muito pessoais depois de perder parentes para a Covid-19.
“Eu recebi a vacina buscando prevenção depois de cuidar do meu falecido marido na enfermaria de Covid-19 do Hospital Central de Chipata”, disse ela. Barbara incentiva os outros a fazerem o mesmo.
“A vacina é muito segura”, disse ela. “Tive efeitos colaterais por três dias, mas fiquei em paz porque fui educada sobre os efeitos colaterais e como gerenciá-los”.
Mthoniswa Banda, jornalista, disse que vários colegas de trabalho tiveram Covid-19 e necessitaram de tratamento hospitalar. Eles acreditavam que foram expostos quando um colega de trabalho adoeceu com o vírus após participar de uma festa de família.
“A vacinação me salvou de ficar gravemente doente com Covid-19”, disse Banda, 45 anos. “Fui o único no consultório que não foi hospitalizado.”
* site em inglês